Pele e alma...

É sublime o prazer da libertação do que os olhos vêem.

Quero desatar-me do olhar...

Os olhos limitam-nos.

L.L

Não foi o PSD que ganhou as eleições foi o PS que as perdeu.

Quem, de entre os votantes saberá no que foi votar?

Se o sabe não será pela informação divulgada na campanha...será talvez pela absoluta invulgaridade de se manter informado e de optar em consciência.

Coisa estranha...preocupar-se em optar em consciência...isso lá interessa?!

As eleições para o Parlamento Europeu não passaram de treino ou introdução às legislativas fazendo antever o que afinal já não constitui qualquer novidade.

Não foi o PSD que ganhou as eleições foi o PS que as perdeu.

Mas e o mérito acaso interessa?

O que conta, de facto, é a subida ao poder.

Acerca do processo de avaliação.

Avaliemo-nos então, mas apetece-me citar Pessoa:

(...)
A vida é o que fazemos dela. As viagens são os viajantes.
O que vemos, não é o que vemos, senão o que somos.

(...)
A renúncia é a libertação. Não querer é poder.

(...)

Como eu gostava de saber ser...

De vez em quando, olhamos uma paisagem majestosa e sentimos a nossa pequenez...

De vez em quando, percorremos com os olhos uma magnifica criação do homem...

De vez em quando, deliciamo-nos com uma composição musical genial...

De vez em quando, lemos um pensamento que nos faz sentir próximos de nirvana.

De vez em quando...só muito de vez em quando...amamos o outro.

Percorrer a vida, desaproveitando-a com pequenez...parando o nosso ser, tantas vezes, em olhares que nos atrofiam, nos tornam menores, é não saber ser.

Como eu gostava de saber ser...

Voltei ...

Voltei...
Longos meses depois... Que em nada atenuaram a indignação.
Talvez mais lacónica.
De alma niilista.
Perdi, ainda mais, a inocência social.
Não consigo, ainda, verbalizar a dor ...
A dor social de quem olha os seus pares e não os reconhece.
Talvez, amanhã... amanhã, talvez...